Colecção: Lusografias Nº Colecção: 10 Editora: Temas e Debates Encadernação: Brochura Nº Páginas: 152 Dimensões: 15.5cm larg. 23cm alt. Peso: 350 gramas Temática: Romance Idioma: Português
Sinopse: Como seria Don Juan se vivesse hoje? É essa pergunta que João Gabriel de Lima (jornalista brasileiro que se estreia no romance) faz para falar do fascínio que continua a exercer a figura de Don Juan, aparecida pela primeira vez numa obra do século XVII, e multiplicada por dezenas de romances, óperas, filmes e peças de teatro.
A resposta dá-se em duas narrativas entrelaçadas que geram expectativas apenas satisfeitas no final do livro. Numa delas, na Sevilha actual, um personagem designado como Burlador exercita as suas artes de conquistador compulsivo. Para tanto, conta com a Internet e com a meticulosidade também compulsiva do seu criado, que percorre a cidade em busca de turistas do sexo feminino passíveis de cair na teia do patrão. Na segunda, colocam-se em cena uma agente turística e um cantor do coro do Teatro Lírico. Entre os dois, a grande diferença é a ópera: ele adora, ela odeia.
Mas Susana, uma espécie de Xerazade moderna, adora ouvir e contar histórias, sobretudo se falam de amor. Para amar Susana, portanto, e para ser amado por ela, é preciso alimentá-la com enredos em que homens e mulheres se dispõem a viver e morrer pelo ser amado. Porém, como nunca viveu nada de extraordinário, o cantor decide fazer pequenas adaptações dos libretos e relatá-los como se fossem histórias recentes de gente que conhece. O humor de João Gabriel de Lima cria um clima de ópera bufa e satiriza certas burlas em vigor: o turismo, o jornalismo, a própria literatura. Aqui, tudo pode parecer e não ser. Menos os altos poderes que têm as narrativas de nos levar ao prazer, evidentemente. Como esta. Disponibilidade: Indisponível
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